Compartilho com
você neste número de nosso Boletim um pouquinho de nossa linda história missionária neste
solo pátrio.
Hoje dia 02 de setembro
comemoramos 82 anos de autonomia da
Igreja Metodista brasileira. Mas para chegarmos a 82 anos de autonomia muitas pessoas ofertaram seus dons, suas
habilidades, suas orações, seus recursos financeiros, suas
vidas. Doaram-se, comprometeram-se, trabalharam, testemunharam para que
pudéssemos ser, hoje, parte desta história.
Em 1835 o reverendo
Foutain Pitts, primeiro missionário da
Igreja Metodista Episcopal do Sul (IMES)
pisava o solo brasileiro. Chegou ao Rio de Janeiro, vindo da América do
Norte, para avaliar as possibilidades de estabelecer um trabalho missionário no
Brasil. No ano seguinte se instala a Missão Metodista no Brasil, com o
reverendo Justin R. Spaulding. O ano de 1837 marca a chegada do reverendo
Daniel Parish Kidder e sua família, além dos educadores R. McMurdy e Marcella
Russel que juntam-se a Missão Metodista. Em 1840 falece Cynthia Harris, esposa do reverendo Kidder, que retorna aos
EUA. No ano seguinte o reverendo Spaulding também volta ao seu país de origem
por falta de recursos financeiros e de pessoal para manter a obra. Encerrava-se,
melancolicamente, a atividade Missionária Metodista no Brasil. Apenas 25 anos
depois o metodismo se radicaria no Brasil com o
reverendo Junius Eastham Newman. Quatro anos depois a 1ª. Igreja
Metodista é organizada em Saltinho, no interior do Estado de São Paulo, com um
rol de aproximadamente 50 pessoas.
Após estas iniciativas a
Igreja cresce se estabelecendo no Rio de Janeiro e posteriormente em outros
Estados e municípios brasileiros. Até este momento a Igreja Metodista é uma
missão americana e assim permaneceria até o ano de 1930. Em 02 de setembro deste
ano, na então Igreja Metodista Central de São Paulo, hoje, Catedral Metodista
de São Paulo, instala-se o primeiro
Concílio Geral da Igreja Metodista do Brasil (IMB) onde é declarada a sua
autonomia, deixando de ser uma missão americana para “andar com suas próprias pernas”. A
Igreja brasileira em sete dias de trabalhos organizacionais estabelece sua
legislação provisória (adotando com adaptações alegislação da
Igreja Metodista Episcopal do Sul, bem como seu credo social). Outro marco
importante surge no primeiro Concílio Geral : o envio do reverendo Antonio P.
Rolim para a Ilha da Madeira (Portugal) ao trabalho missionário que a IMES
confiara ao Metodismo Brasileiro.
Então lá se vão 82
anos deste evento maravilhoso que possibilitou a IMB chegar até aqui como um
dos ramos da Igreja de Cristo, servindo a Deus com dedicação e visão
missionária.
Nossa história está
marcada por muitos eventos, momentos, fatos, decisões e por lutas que dignificam o nome do Poderoso Senhor da vida:
Jesus Cristo. Bem verdade que também cometemos erros ao longo desta trajetória,
e nos envergonhamos quando os reconhecemos, e os confessamos, na medida da fé
em Jesus Cristo, para buscarmos a retidão e a manutenção do compromisso
missionário com o autor e sustentador da Vida, nosso amado Deus.
Hoje comemoramos o
árduo trabalho de milhares de irmãos e irmãs que comprometeram-se em carregar a
bandeira da salvação por meio desta denominação, trazendo-a até aqui. Nossa
leitura não pode parar aqui como quem lê um livro de história, agora precisamos
voltar nossos olhos para nós mesmos, para nossa comunidade e perguntarmo-nos:
qual o futuro desta Igreja? Qual é o meu comprometimento com este futuro? Estou
trabalhando como meus irmãos e irmãs do passado trabalharam? Que herança vamos deixar para as gerações
futuras?
A história poderá
continuar linda e maravilhosa como a recebemos, ou triste, melancólica e
esquecida como quase aconteceu em 1841 quando a missão metodista foi encerrada;
a escolha é sua, é nossa. Cabe agora deixarmo-nos tocar pelo Espírito Santo
“arregaçar as mangas” e trabalhar muito para darmos continuidade a construção
desta história maravilhosa. Não olhe para o outro, olhe para si mesmo e
desembaraçando-se de tudo que o impede de trabalhar na obra de Deus diga: SIM,
ao Senhor da Igreja e a esta
história magnífica.
Seja um construtor
desta história !
Pastor Marcos
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