As perguntas acima são recorrentes na sociedade capitalista
contemporânea, na qual estamos inseridos e da qual somos parte. Todas as coisas
no sistema capitalista parecem estar restritas ao valor pecuniário, até mesmo a
vida.
Esta valoração demasiada compulsoriamente imposta por um
sistema sócio-político-econômico acaba por traçar regras para as relações do
papel moeda e sua utilização nas relações comerciais e humanas. A relação do
ser humano com a moeda é tão divinizante que já não pode mais o humano viver
sem render-se ao panteão dos deuses econômicos: cartões de débito e crédito
(reengenharia dos cheques), as ações, as aplicações financeiras, e outras
formulas de construir um patrimônio ou tentar não deixá-lo diluir-se.
O grande deus capital associado a um outro deus, terrível, por nome consumo impregna a vida exalando um cheiro atraente e pleno de prazeres mas cujo fim é o odor da morte econômica dos que desatentos se rendem ao seu perfume inicial. Dificilmente escapamos desta intrincada realidade quando descontrolados pela avareza e prazer em consumir nos afundamos na lama das dívidas desnecessárias e fúteis, perdemos a dignidade, adentramos a vivência do cotidiano, e sem caráter desculpando-nos a nós mesmos com frase feitas, de pouco efeito, na tentativa de acalmar o estresses devedor afirmamos : “devo ! não nego; pago quando puder !”
O grande deus capital associado a um outro deus, terrível, por nome consumo impregna a vida exalando um cheiro atraente e pleno de prazeres mas cujo fim é o odor da morte econômica dos que desatentos se rendem ao seu perfume inicial. Dificilmente escapamos desta intrincada realidade quando descontrolados pela avareza e prazer em consumir nos afundamos na lama das dívidas desnecessárias e fúteis, perdemos a dignidade, adentramos a vivência do cotidiano, e sem caráter desculpando-nos a nós mesmos com frase feitas, de pouco efeito, na tentativa de acalmar o estresses devedor afirmamos : “devo ! não nego; pago quando puder !”
Neste contexto social estão presentes os grupos religiosos
que sempre dependeram da benevolência do povo para sobreviverem enquanto
instituições. Estes não tem um produto a ser trocado por moeda, o ofertar é algo
que se faz pelo desejo do que professa sua fé através de uma denominação
religiosa. A relação do ser humano com o ato de ofertar é alvo de instrução nas
sagradas escrituras que orienta estabelecendo premissas, normas de conduta para
este fator de sustendo denominacional. A Bíblia faz afirmações contundentes
sobre o uso do dinheiro e qual valor este tem nas relações de fé de um discípulo
cristão. Não nos enganemos; as escrituras não determinam valores pecuniários
como forma de agradar a Deus ou de realizar trocas para alcançar benefícios
divinos, o ofertar é uma relação de fé e confiança em Deus; uma relação de
gratidão, de reconhecimento das ações favoráveis de Deus ao ser humano; uma
relação de entrega de si mesmo através
de um valor financeiro que tem por fim auxiliar a instituição a manter-se e
realizar a sua participação na “missio dei” (missão de Deus) que é alcançar a
todas as nações com a palavra de salvação que está em Jesus Cristo.
O ofertar é abençoador quando é ato consciente, desejado,
biblicamente orientado, quando traz em seu bojo a certeza de uma relação
fidedigna com o Deus Trino, criador e sustentador da vida, a quem rendemos
ações de graças doando parte do que auferimos com o trabalho justo, honesto e
distribuímos com o desejo de ver a obra de Deus sobre a terra se expandir.
O dinheiro nem é bom , nem é mau, não pratica o bem , nem
tão pouco o mal, todavia o seu uso é que ultrapassa esta neutralidade e pode
transformar-se em bênçãos ou maldições. Podem ser benditas as ações que
utilizam o dinheiro para trazer a sociedade e aos seres humanos o bem-estar com
justiça e equidade, assim como podem ser terríveis os males para toda a humanidade quando o seu uso
é carregado de injustiça, dolo e corrupção.
Mas afinal, quanto custa ser um ofertante
cristão ? um dizimista fiel ? A resposta é simples : não custa NADA ! O cristão
ou qualquer outra pessoa que vê no dízimo ou nas ofertas alçadas um valor pecuniário
ainda não compreendeu a relação com Jesus Cristo através da fé, então, neste
caso, ofertar é doloroso, é alvo de desconfiança e de ataques à classe clerical
que é vista como a grande beneficiária dos bens da Igreja. Não há palavras que
possam destituir alguém destes pensamentos; só o novo nascimento, a conversão a
Jesus Cristo, pode transformar a visão daqueles que entendem ser o ofertório
uma enganação clerical cujo fim é enriquecer pastores, bispos, e afins. No entanto
a oferta dada de coração, com fé, consagrada a Deus no altar é um ato de amor e
luta pela implantação dos valores do Reino de Deus entre os homens, o que faria
desta sociedade corrompida e corruptora uma sociedade justa, igualitária. Pense nisto, afinal pensar não custa NADA !
Abraços,