Romanos 12 : 1 e 2
A afirmação acima
pode nos “tirar o sono”. O ser humano tem uma tendência a entrar em rotinas,
cristalizar ações, atitudes e costumes eternizando-os como se não houvesse mais
nada de novo e importante que possa ser adequado
para a vida. Isto é muito natural, toda transformação traz um deslocamento de
nossa posição (exige uma nova postura) isto nos tira de nossa zona de conforto.
O Apóstolo Paulo, pela inspiração de Deus, toca em uma ferida aberta em cada um
nós a medida que nos lembra em seu texto de Romanos 12 que é necessário
permitir que transformações ocorram em nossas vidas, afirma ele, que isto se dá pela renovação de nossa mente,
ou seja nossa capacidade de reflexão e busca de novas alternativas para o viver
diário, especialmente em nossa relação com Deus. É a transformação e renovação
de nossa mente que nos conduz no processo de santificação liderado pelo
Espírito Santo.
Por este motivo o
processo de santificação é tão difícil para nós, porque nele devemos estar
dispostos a deixar tudo o que impede o
desenvolvimento de nossa fé, tudo o que impeça a ação de Deus em nós; todavia
temos guardado em nossos corações muitas coisas que dificultam a caminhada para
chegarmos a intimidade de Deus, em Jesus Cristo. Por vezes é difícil para nós
abandonarmos certos hábitos, maneiras de nos comportarmos, sonhos, ideais,
ideologias e até vícios que nos impedem uma aproximação mais profunda de Deus.
A fé
autêntica é que nos capacita a
aceitarmos a transformação que Deus deseja operar em nós por meio do
Espírito Santo, portanto as mudanças são um desafio de fé, de absoluta
confiança, em Deus e em seu filho Jesus Cristo.
O mesmo acontece
com as instituições, sejam elas seculares ou religiosas. Transformações podem
significar para algumas empresas a única possibilidade de sobrevivência no
mercado, para as igrejas o mesmo acontece, certas mudanças soam como a
destruição de uma tradição, como o romper de uma aurora não esperada,
assustadora e desnecessária. Quando isto acontece a nossa tendência é a
retração, pois temos medo de ir em
direção ao novo, de experimentar algo que nunca fizemos. É verdade que nem tudo
o que é novo é bom, nem tudo o que é novo agrega a comunidade de fé algo cujo
resultante agrade a Deus. Para isso contamos com os sinais de Deus para nós: a
Bíblia, a Oração e a Experiência dos líderes maduros na fé.
A igreja tem
vencido os séculos porque tem agregado a sua existência muitas transformações
guiadas pelo Espírito Santo. Estou me reportando a isto porque precisamos nos
abrir como cristãos as transformações que Deus quer operar em nós e na vida da
Igreja para que tenhamos uma dimensão espiritual e social relevante no mundo
trazendo à sociedade - onde estamos inseridos - a palavra da salvação em Jesus
Cristo como um diferencial de vida e de existência para o ser humano e uma
palavra profética que denuncie as estruturas sociais que não promovam a vida
plena. Precisamos aprender a deixar-nos transformar e experimentar o novo que o
Senhor nos oferece para que sejamos exemplos de vida para os que desejam a vida
abundante e exemplo institucional para que as estruturas sociais sejam mais
justas e humanas. Por isso repetimos a afirmação do apóstolo Paulo : “...
Transformai-vos pela renovação da vossa mente...”
Pastor Marcos
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