Que
Igreja somos ? Que Igreja queremos ser ? Que Igreja devemos ser ? Sou cristão
autêntico ? Meu testemunho é verdadeiro, expressa o evangelho de Cristo ? As
pessoas podem “ver” Cristo em mim ?
Nos “encostam na parede”, nos colocam em uma “sinuca de bico”
girias que expressam situações difíceis
que exigem de nós decisões rápidas e acertadas, para que saiamos da situação na
qual estamos colocados. A quase cinco séculos atrás, a exatamente 495 anos, o
Monge Martinho Lutero indagou muitas coisas sobre o cristianismo, suas
reflexões produziram 95 teses as quais ele afixou na porta da Igreja em Wittenberg
em 31 de outubro de 1517, para convidar a comunidade acadêmica para debater
suas idéias, podíamos chamar isto de convite a reflexão coletiva.
Deste ato de
reflexão e coragem, que foi denominado de REFORMA PROTESTANTE, surge o
movimento protestante que deu origem ao Metodismo e a muitas outras Igrejas.
Uma Igreja reformada tem uma herança preciosa que conduz sempre ao ato
reflexivo e a manter-nos “em reforma” porque
o tempo nos induz a cristalizarmos rotinas que já não são capazes de produzir
justiça, paz, alegria. A monotonia destas rotinas geram imobilismo,
desmotivação, fundamentadas em uma assertiva muito conhecida : “aqui sempre foi assim, por-que haveríamos
de mudar?” Este tipo de pergunta, que não gera reflexão, pois é afirmativa,
traduz-se em verdade em uma argumentação que fundamenta a manutenção do status
adquirido ao longo dos anos. É bem verdade que a herança que recebemos deve ser
resgatada, mas não para causar o imobilismo e sim para servir como exemplo de
dinamismo e coragem como aconteceu com Martinho Lutero e posteriormente, por
exemplo, com João Wesley. Homens de seu tempo que não desprezaram a herança
recebida mas, por meio delas, arguiram suas práticas e os conduziram a
reflexões árduas proporcionando-lhes que viessem a ser ícones de seu tempo por
ações inspiradas, inteligentes que transformaram a prática do viver cristão
individual e coletivo.
Portanto irmãos nesta data importante do cristianismo
protestante sejamos hábeis reformadores, não nos deixando levar pela
desmotivação e imobilismo achando que não podemos criar nada novo, algo que
seja útil a implantação do Reino de Deus, antes lembremos o patrimônio
cultural-religioso que temos, o patrimônio físico que está disponível, os dons
que o Espírito Santo oferece a nós como Igreja e a sabedoria de Deus que Ele
infunde em nós pelo seu Espírito e sejamos corajosos como foram Lutero, Wesley
e tantos outros cristãos ao longo de nossa linda história.
Levantemos novamente um dos lemas da reforma
protestante : “Igreja Reformada sempre
Reformando”
Abraço
a todos e todas, Pastor Marcos.
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