A notoriedade é uma qualidade capaz de elevar o desconhecido
à celebridade. Isto quando se fala de pessoas, se nos referimos a fatos a
informação imediata transforma um evento qualquer em um momento grandioso. A
mídia (TV, internet, jornais, revistas, etc) tem a capacidade enorme de dar
visibilidade a pessoas, fatos, eventos, por vezes dando-lhes tal importância
que tornam-se notáveis. Neste processo
midiático temos muitas coisas importantes, sérias, que nos ajudam a compreender
como funciona a sociedade e como podemos viver melhor, como existem - também -
muitas coisas de pouquíssima importância que vem e vão como ondas
desvanecendo-se em curto espaço de tempo, como as ondas que espumejam nas
areias da praia.
Todavia há fatos que recebem notoriedade e não a perdem
mais, quer seja porque são importantíssimos para vida humana, quer seja porque
denotam ações de pessoas que destacaram-se das demais por iniciativas nas
várias áreas do conhecimento, do saber, das ações sociais e outras.
Considerando pessoas poderíamos lembrar de centenas de seres
humanos que tornaram-se notoriedades por seus legados deixados para toda a
humanidade. A estes dedicamos nosso respeito e homenagens sabendo que eram como
nós humanos, mas alçaram voos muito mais altos do que a maioria das populações
humanas. Neste caso enquadram-se as ações de Deus que por grande amor e
misericórdia “vê” o humano, criação sua, deteriorar-se pela desconfiguração da
Sua Imagem e Semelhança oferecida como bênção que o pecado insiste em destruir,
afastando-nos do convívio e da intimidade divina. Assim Deus em sua benignidade
e seus atos de bondade cria o projeto mais fantástico do que a própria criação
- a salvação. Este projeto exige um ato inusitado: a encarnação. Deus deixa seu
lugar, diríamos entre humanos sua “zona de conforto” para fazer-se homem e
habitar conosco aplicando seu planejamento proposto no grande projeto da
salvação humana. Aqui entre nós viveu as amarguras que vivemos, conheceu a
fome, o desrespeito, a perseguição, a traição, a frieza de alguns
relacionamentos, e assim por diante. Não obstante tenha deixado sua glória
jamais utilizou sua prerrogativa divina para destruir, matar, impor ou
inutilizar, antes esteve aberto ao diálogo, amou os que o perseguiam, travou
uma luta interna grande contra o seu próprio plano desejando ardentemente que o
“cálice fosse afastado dele”. Todavia rompeu em vitória quando seu suor
misturou-se as gotas de seu sangue e regou a terra nos instantes que precediam
sua crucificação, mas foi no Gólgota (lugar da caveira) que o seu sangue
esvaiu-se por terra regando a criação com o perfeito dom do perdão, resgatando
a dignidade da humanidade com sua morte atroz.
A vitória só estaria completa se a vida vencesse a morte e assim a imagem
e semelhança de Deus em nós poderia ser recuperada e se fez pelo poder do Pai
que amando o filho o restituiu a sua
glória pela ressurreição e ascensão, transformando a esperança da salvação em
certeza para o que crê no nome poderoso do filho único de Deus , vivo,
ressurreto, Jesus Cristo. Notória salvação a que vem daquele que nos criou,
sustenta e salva em Jesus Cristo.
Abraços,
Pastor Marcos