sexta-feira, maio 04, 2012

Notória salvação

SALMO 98 : 1 – 2
A notoriedade é uma qualidade capaz de elevar o desconhecido à celebridade. Isto quando se fala de pessoas, se nos referimos a fatos a informação imediata transforma um evento qualquer em um momento grandioso. A mídia (TV, internet, jornais, revistas, etc) tem a capacidade enorme de dar visibilidade a pessoas, fatos, eventos, por vezes dando-lhes tal importância que tornam-se  notáveis. Neste processo midiático temos muitas coisas importantes, sérias, que nos ajudam a compreender como funciona a sociedade e como podemos viver melhor, como existem - também - muitas coisas de pouquíssima importância que vem e vão como ondas desvanecendo-se em curto espaço de tempo, como as ondas que espumejam nas areias da praia.

Todavia há fatos que recebem notoriedade e não a perdem mais, quer seja porque são importantíssimos para vida humana, quer seja porque denotam ações de pessoas que destacaram-se das demais por iniciativas nas várias áreas do conhecimento, do saber, das ações sociais e outras.
Considerando pessoas poderíamos lembrar de centenas de seres humanos que tornaram-se notoriedades por seus legados deixados para toda a humanidade. A estes dedicamos nosso respeito e homenagens sabendo que eram como nós humanos, mas alçaram voos muito mais altos do que a maioria das populações humanas. Neste caso enquadram-se as ações de Deus que por grande amor e misericórdia “vê” o humano, criação sua, deteriorar-se pela desconfiguração da Sua Imagem e Semelhança oferecida como bênção que o pecado insiste em destruir, afastando-nos do convívio e da intimidade divina. Assim Deus em sua benignidade e seus atos de bondade cria o projeto mais fantástico do que a própria criação - a salvação. Este projeto exige um ato inusitado: a encarnação. Deus deixa seu lugar, diríamos entre humanos sua “zona de conforto” para fazer-se homem e habitar conosco aplicando seu planejamento proposto no grande projeto da salvação humana. Aqui entre nós viveu as amarguras que vivemos, conheceu a fome, o desrespeito, a perseguição, a traição, a frieza de alguns relacionamentos, e assim por diante. Não obstante tenha deixado sua glória jamais utilizou sua prerrogativa divina para destruir, matar, impor ou inutilizar, antes esteve aberto ao diálogo, amou os que o perseguiam, travou uma luta interna grande contra o seu próprio plano desejando ardentemente que o “cálice fosse afastado dele”. Todavia rompeu em vitória quando seu suor misturou-se as gotas de seu sangue e regou a terra nos instantes que precediam sua crucificação, mas foi no Gólgota (lugar da caveira) que o seu sangue esvaiu-se por terra regando a criação com o perfeito dom do perdão, resgatando a dignidade da humanidade com sua morte atroz.  A vitória só estaria completa se a vida vencesse a morte e assim a imagem e semelhança de Deus em nós poderia ser recuperada e se fez pelo poder do Pai que amando o filho o restituiu  a sua glória pela ressurreição e ascensão, transformando a esperança da salvação em certeza para o que crê no nome poderoso do filho único de Deus , vivo, ressurreto, Jesus Cristo. Notória salvação a que vem daquele que nos criou, sustenta e salva em Jesus Cristo.
Abraços,
Pastor Marcos